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Foto do escritorInstituto Mpumalanga

Exposições trazem natureza e territórios existenciais para a Casa Brasileira, em São Sebastião

Com Texturas da Natureza, a proposta é apresentar ao público um trabalho com cerâmica decorativa e utilitária produzido com o frescor da natureza de Ilhabela, onde o artista João Luiz Pantaleo divide casa e ateliê em perfeita integração para criar peças delicadas e, ao mesmo tempo, de texturas e formatos vigorosos.

O trabalho de João Luiz Pantaleo é voltado para peças decorativas e utilitárias: figuras humanas, peixes, vasos com diferentes estéticas e tamanhos, pratos, porta objetos, luminárias entre outros. As peças passam por uma queima de 8 a 12 horas em forno a lenha de baixa temperatura, cerca de 1.000 graus. Algumas levam corantes minerais para decorar, desenhar e colorir, numa técnica chamada engobe, com aplicação de uma camada de barro colorido na superfície da peça para alterar sua cor.

A argila orgânica dos trabalhos de Pantaleo é da região de Paraibuna, Vale do Paraíba, interior de São Paulo. A mesma utilizada na confecção de telhas e tijolos, diferente da matéria-prima industrializada. A inspiração do ceramista vem da natureza, das curvas das pedras, dos contornos das montanhas, montes e picos, das texturas das árvores e das folhas.

Aos 58 anos, João Luiz Pantaleo conta que nasceu no interior de São Paulo, na cidade de Colina, onde viveu até os quinze anos. Foi na infância que teve o primeiro contato com a argila, nos córregos onde gostava de brincar. “Em 1986 aprendi a confeccionar peças de cerâmica à mão, e apaixonei-me por essa arte”, conta Pantaleo. O artista explica que, em 1988, aos 28 anos, decidiu morar em Ilhabela, na praia de Castelhanos, onde começou a fazer peças pequenas. Fez uma imersão por países europeus de 2000 a 2010, quando retornou a Ilhabela e hoje vive da arte da cerâmica.

Em Territórios Existenciais, a Casa Brasileira, em parceria com o Instituto Candeias, traz Evandro Angerami, cuja estreita relação com os minerais e a natureza reforçam a importância que dá a cada pincelada em suas obras, sejam elas feitas em tela, madeira ou parede, suporte que tem ganhado cada vez mais importância dentro de sua atuação urbana.

“A natureza é a fonte de inspiração para sua obra artística, na qual entrecruzam-se os céus, o sol, a lua, o mar, montanhas, animais em uma representação quase pictográfica daquilo que via e pintava ao ar livre: à beira mar ou aos pés de uma montanha”, segundo a curadora de Territórios Existenciais, Doralina Rodrigues Carvalho.

Angerami é mestre em Artes Visuais pela New York Studio School of Painting, Drawing and Sculpture, com Bacharelado e Licenciatura em Artes Visuais no Centro Universitário de Belas Artes de São Paulo, e suas obras integram acervos permanentes de instituições nacionais e internacionais, como da Associação Internacional de Gravuras de Kyoto, no Japão; Museu de Arte Contemporânea de Bogotá, na Colômbia, e Fundação Marcos Amaro de São Paulo.

Aos 39 anos, Evandro Angerami conta que viaja a lugares cada vez mais longínquos de sua cidade natal para estudar a história e a prática dos clássicos – como os bizantinos e seus monastérios.

“Existo paisagem, desconhecido dentro de mim, instintivo, primordial, humano… Busco conhecer e explorar aquilo que chamo de ‘territórios existenciais’ formados a partir de minha interação com o mundo”, afirma um Evandro que, como ele mesmo gosta de dizer, concretiza sua existência através da pintura.

Serviço:

Exposições: de 11/08/2018 a 14/10/2018 – visitação gratuita

Texturas da Natureza – do artista ceramista João Luiz Pantaleo

Territórios Existenciais – do artista plástico Evandro Angerami

Local: Casa Brasileira – Av. Dr. Altino Arantes, 80 – rua da Praia – Centro |

São Sebastião-SP – Informações: (11) 9.9838.8794.

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