Nos próximos dez anos, as discussões internacionais, nacionais e regionais sobre os direitos humanos serão pautadas na resolução formulada pela Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) para a proteção efetiva dos povos afrodescendentes.
Com o tema: “Afrodescendentes: reconhecimento, justiça e desenvolvimento”, o objetivo do documento consiste em promover o respeito, a valorização da cultura africana e o combate ao racismo. As normas estabelecidas na Resolução n. 68/237 devem ser obedecidas pelos países-membros da ONU e disseminadas pela comunidade internacional.
Em 2006, as mulheres da comunidade quilombola de Araçatiba, no município de Viana (ES), fundaram um núcleo de produção coletiva e solidária para resgatar a identidade e desenvolvimento do povoado. A Caravana das Artes esteve com elas em 2012, quando 180 crianças foram atendidas pelo projeto.
Para a implementação plena dos compromissos, um programa de atividades propõe medidas que visam o incentivo à produção de políticas com viés social, educativo e econômico. A ONU reconhece que os povos afrodescendentes representam um grupo cujos direitos humanos precisam ser promovidos e protegidos, pois há um acesso limitado a serviços de educação, saúde, moradia, segurança e participação política.
Os alunos da escola Olimpio Nogueira Lopes, da comunidade quilombola de Alto Alegre, em Horizonte (CE), receberam a Caravana das Artes em setembro de 2013 com o atendimento da metodologia em arte educacional.
O período entre 2015 e 2024 será conhecido como a Década Internacional de Afrodescendentes. O Brasil faz parte dessa rede e prepara um plano de ações para promover a igualdade racial. Afinal, cinquenta por cento dos brasileiros são afrodescendentes.
A Caravana das Artes e o Instituto Mpumalanga promovem a inclusão, a valorização e o reconhecimento da história referente à população negra para nossa sociedade. A atuação de nossos projetos já alcançou dezenas de comunidades espalhadas pelos estados brasileiros: Maranhão, Alagoas , Pernambuco, Bahia, Ceará, Sergipe, Espirito Santo, Minas Gerais e São Paulo.
As novas gerações aprendem desde cedo como tocar instrumentos produzidos artesanalmente pela comunidade quilombola Mato do Tição, em Jaboticabas (MG).
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