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Foto do escritorInstituto Mpumalanga

Pesquisa aponta que brasileiros que leem são mais felizes

Você sabia que cada vez mais o índice de Felicidade Interna Bruta (FIB) é levado em consideração por indicadores sociais e econômicos em todo o mundo? Uma pesquisa realizada, no Brasil, pelo Instituto Pró-Livro em parceria com o Itaú Cultural, aponta o crescimento entre leitores de 5 a 10 anos de idade e retrata que as pessoas que leem são mais felizes em comparação aos não leitores.



“Acreditamos que a pesquisa tem como objetivo orientar políticas públicas e ações de fomento à leitura e de acesso ao livro promovidas pela sociedade civil e pelo governo. Temos o compromisso de realizar o estudo a cada quatro anos para construir uma séria histórica e representativa. Em 2019, na última edição, ampliamos a pesquisa para as escolas públicas com o objetivo de conhecer os impactos das bibliotecas escolares na aprendizagem dos alunos do ensino básico”, explica Angelo Xavier, presidente do Instituto Pró-Livro.




A pesquisa conversou com mais de 8 mil brasileiros de 208 municípios entre outubro de 2019 à janeiro de 2020. Em relação à edição de 2015 houve uma queda de quatro pontos percentuais do número de leitores brasileiros, ou seja, o Brasil perdeu 4,6 milhões de leitores entre 2015 e 2019.

Apenas pouco mais da metade dos brasileiros tem hábitos de leitura: 52% ou 100,1 milhões de pessoas, desse total 54% são leitoras do gênero feminino.


O que mais chamou a atenção nesta edição é que os leitores da faixa etária de 5 a 10 anos de idade foram o único grupo que teve uma melhora em comparação aos percentuais de leitores. Em relação à escolaridade, o que causa surpresa é a queda de leitores no nível superior de ensino. A redução também foi expressiva nas classes sociais A e B e com renda de mais de 10 salários mínimos. Historicamente, estes grupos sociais sempre foram os segmentos que a pesquisa encontrou o maior número de leitores ao longo das edições, o estudo mostra que os hábitos em como aproveitar o tempo livre mudaram e as pessoas estão consumindo cade vez mais conteúdo vindo das redes sociais e internet.

Entre os leitores, o repertório de atividades de lazer é consideravelmente maior que o de não leitores. Por isso, pessoas que leem estão mais presente nas atividades culturais, sociais e até em esportes. As pessoas leitoras que praticam esporte, por exemplo, representam 30% da população. Já os não leitores representam 20%.

Outro dado perturbante é que 53% dos brasileiros nunca compraram um livro ou compraram há mais de dois anos. Em termos absolutos, 27 milhões de compradores de livros estão nas classes C, D e E, portanto a elite é quem menos compra livros. Um dado essencial para políticas públicas e também para a campanha vigente de defesa ao livro.


A pesquisa também aponta que os brasileiros ainda não enxergam a biblioteca como um lugar para emprestar livros ou um espaço de lazer. Apenas 17% da população afirma frequentar bibliotecas. O estudo ainda mostra que as bibliotecas precisam oferecer mais livros ou títulos novos e ter mais atividades culturais para atrair a população.

Ao promover a divulgação da pesquisa e provocar reflexões sobre o que o estudo revela, o Instituto Mpumalanga acredita que iniciativas desenvolvidas para pais, educadores, jovens e crianças, como a contação e mediação de histórias, oficinas de literatura, projetos voltados para empréstimo e doações de livros, bem como a redução dos custos em torno dos livros ajudam na conscientização da importância da leitura para a sociedade.

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