Eisângela Dell-Armelina Suruí, de 38 anos, foi destaque na premiação por valorizar cultura indígena. | Foto: Divulgação/Fundação Victor Civita.
A professora Elisângela Dell-Armelina Suruí não tem as melhores condições de estudo para os seus 15 alunos, de 1º ao 5º ano, que dividem uma mesma sala na cola Indígena Estadual de Ensino Fundamental e Médio Sertanista Francisco Meireles, em Cacoal, Rondônia. Entretanto, isso não fora nenhum emprecilho para melhorar as condições de sua comunidade com o projeto Mamug Koe Ixo Tig – A fala e a escrita da criança, traduzido do Paiter Suruí, língua indígena para o português.
O projeto, cuja proposta foi elaborar um material didático específico para apoio ao aprendizado na língua materna, ganhou o Prêmio Educador Nota 10, organizado pela Fundação Victor Civita, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, a Fundação Lemann e a Associação Nova Escola.
A capixaba mudou-se para Rondônia na mocidade, aos 20anos. Hoje ela é casada com um indígena, tem três filhos, e mora com a família na comunidade Nabeko D Abadakiba, na terra indígena dos Suruí.
O trabalho de Elisângela com a língua materna é de extrema importância para a preservação da cultura, pois é na língua que residem as tradições e os conhecimentos dos povos. Muitas vezes, essa sabedoria se perde entre as gerações, em virtude da extrema influência cultural dos não-indígenas.
O Instituto Mpumalanga trabalha com o atendimento a povos indígenas através dos projetos Caravana do Esporte, Caravana das Artes e Vozes do Purus.
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