Mestrinho é fã de Dominguinhos, já tocou com grandes nomes e também segue carreira solo. |Foto: Divulgação.
Mestrinho do Arcordeon nasceu sanfoneiro. A função fora determinada pela sua mãe antes mesmo do nascimento do menino em Itabaiana, no Sergipe, e o nome de batismo já veio acompanhado do nome artístico, que ele carrega até hoje em apresentações no Brasil e no exterior. Mestrinho abraçou a função de sanfoneiro, desejo da mãe e influência do pai. Na próxima semana, o mestre sanfoneiro abraça o compromisso educacional como convidado da Caravana das Artes.
“Eu estou contando os dias, é uma coisa nova! Eu toco sanfona e isso me proporciona momentos inusitados como esse, de poder ajudar as pessoas”, comentou animado. Mestrinho destaca quantos caminhos as artes oportunizaram e considera o encontro com as crianças de Serra, no Espirito Santo, mais uma ocasião de transformar e se sentir transformado pela música.
“Artes e esporte são ferramentas totalmente transformadoras, fortíssimas para a educação, dá força para a gente ter vários caminhos”, acrescentou. Mestrinho nunca esteve distante das artes em função da forte influência da família, porém reconhece o hiato existente na grande maioria das escolas brasileiras.
“A arte veio através da minha família, eu não tive muita arte na escola. A educação no Brasil não é das melhores, falta artes e cultura, não só matérias cerebrais. Acho que tem que ser mais forte isso de arte nas escolas. Eu vejo isso faltando muito”, analisou Mestrinho, lembrando que as artes trabalham com o ser sensível, o lado humano muitas vezes esquecido nos enquadramentos cartesianos das escolas. “Traz emoção e sentido para a vida”, resumiu.
Um dos assuntos com o amigo violinista Nicolas Krassik é o projeto Caravana das Artes, onde Mestrinho estreia na próxima semana. | Foto: Divulgação.
Mestrinho do Arcordeon já tocou ao lado de grandes nomes da música brasileira, sempre trazendo consigo e com sua sanfona a rica cultura musical nordestina. “O Nordeste me trouxe a cultura, a música nordestina, a raiz de Luiz Gonzaga, a cultura de danças, as quadrilhas em mês junino, isso de folclore no Nordeste também é muito forte e maravilhoso, desde criança eu tenho isso”, afirmou o instrumentista que já sonorizou canções de Gilberto Gil, Ivete Sangalo, Elba Ramalho e, principalmente, Dominguinhos, sua maior inspiração.
O sanfoneiro também já dividiu palco diversas vezes com o amigo Nicolas Krassik, violinista parceiro da Caravana, que o adiantou bastante sobre o projeto, aumentando ainda mais a expectativa do estreante. “Ele me contou das apresentações na tenda, dos esportes, das artes, e o papo com os meninos de lá também”, relatou o mestre do arcordeon, que também se diz um apaixonado por esporte. “Segunda e terça não falha o futebol com os amigos”, afirmou em tom descontraído.
Comments