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Foto do escritorInstituto Mpumalanga

Uma nova etapa na educação de Itaquá com o Viva com Arte


Elisabeth Augusto, a professora Beth, estava preocupada no início da manhã de quarta-feira porque esquecera a caneta para o curso de formação continuada Viva com Arte. Em pouco tempo, a inquietação se esvaiu. Ela percebeu que aquelas aulas, ministradas pelos professores do Instituto Mpumalanga, em parceria com a EDP e o Instituto EDP, usariam outros instrumentos de educação.

Beth e os outros alunos do primeiro ano da formação Viva com Arte em Itaquaquecetuba iniciaram as aulas longe do ambiente acadêmico, no Parque Ecológico do Tietê. A partir da escolha do lugar, o Instituto Mpumalanga (IM) apresenta o curso que foge aos padrões cartesianos para trabalhar a arte, mais próxima do ser integral, onde a mente e corpo não se dissociam do ser sensível.

“O fato de sair da sala de aula para um ambiente aberto já traz a expectativa de um curso diferente”, pontuou Tereza Oliveira, professora do Instituto Mpumalanga. “O discurso ainda é tímido, mas vai se desabrochando ao longo do dia”, refletiu a educadora, que sabe que os alunos terão uma visão diferente depois das primeiras experimentações.


Proposta inicial é de descoberta das sensações.

Proposta inicial é de descoberta das sensações.


“Nós aprendemos que os alunos não aprendem só com a cabeça. Temos as diferentes percepções, alguns alunos são visuais, alguns são auditivos, mas a questão sinestésica, nós somos seres humanos sinestésicos. A gente tem a necessidade de ser tocado, temos sentimentos, sensações, o nosso corpo faz parte dessa obra da vida”, declarou Tamara Santos, que já está no segundo ano de Formação Continuada.

Os alunos que começaram em 2016 continuam o processo de formação em um módulo mais avançado, nas aulas que acontecem na Secretaria Municipal de Educação de Itaquá. No reencontro com os professores do Instituto Mpumalanga vieram à tona muitas mudanças e um impacto positivo nas salas de aula da rede pública. “Vieram depoimentos lindos de pessoas que já assimilaram e que já estão trabalhando isso em aula. As sementes já estão germinando, agora é hora de trazer mais adubo, com professores mais encorajados”, vibrou Alexandra Pericão, do IM.


Mais confiantes, os alunos do segundo ano incentivam os novos participantes, cientes que a mudança virá e impactará ainda mais a educação pública de Itaquauqecetuba. “Minha dica é, se abra para o curso, se abra para as dinâmicas, para a nova visão. Todas as vezes que você experimenta você aprende. Não  é uma palestra, é um curso que você tem que se abrir para as experimentações”, aconselhou Tamara.


Alunos caminham pelo Parque Ecológico do Tietê com os olhos vendados para aguçar outros sentidos.

Alunos caminham pelo Parque Ecológico do Tietê com os olhos vendados para aguçar outros sentidos.


O primeiro passo para os novos alunos é um autoconhecimento e a experimentação já foi proposta da primeira aula. Com olhos vendados, eles exploraram o terreno, dando maior valor aos outros sentidos do nosso corpo. Provar diferentes sensações com o paladar, o tato e a audição nos proporciona uma maior sensibilidade, essencial para o Viva com Arte, que prima por uma educação mais humanizada nas escolas.

Na atividade com o toque, o que foi tocar o outro, cuidar do outro? A gente sente o quanto isso é gostoso. Uma coisa simples que a gente como adulto acaba deixando de ter, como o tocar

O movimento da arte e da educação, o ser sensível, as inúmeras possibilidades dentro da sala de aula, os alunos passarão por tudo isso ao longo do curso. Ao mesmo tempo que os educadores do segundo ano avançam nos conceitos e na prática.

“Movimento é vida! Arte como movimento a gente fala do ser humano, é o que nos diferencia das outras espécies, onde a vida ganha beleza, sentido, a arte é por si só transdisciplinar, nos abre como ser humano mais pleno”, resumiu Ossimar Franco, do Instituto Mpumalanga.

A Formação Continuada Viva com Arte acontece em parceria com a EDP e o Instituto EDP. As aulas têm apoio da Prefeitura Municipal de Itaquaquecetuba e impactam indiretamente o ensino público, através da nova metodologia compartilhada com os professores da rede pública de ensino local.


Aulas da Formação Continuada prioriza a prática e as descobertas de cada professor.

Aulas da Formação Continuada prioriza a prática e as descobertas de cada professor.


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