Igarapé Caititu alagado torna trilhas inviáveis.
A Amazônia se transforma a cada segundo. Aquelas matas que nos confundem em verde emanam vida! E com o passar do tempo, é claro, essa transformação fica visível aos olhos. Arregalamos os nossos ao ver aqueles igarapés inundados, lá onde outrora caminhamos por trilhas. O retorno à aldeia Copaíba, no Médio Purus, onde estivemos em 2015 com os projetos Caravana do Esporte e Caravana das Artes, nos trouxe aos olhos toda essa poderosa transformação da Amazônia.
O Igarapé Caititu, no entanto, anda muito movimentado. São canoas e voadeiras, pequenas embarcações a motor, que seguem lotadas. Crianças, professores, anciões, lideranças Paumari e Apurinã, todos em movimento pela educação e pela preservação das tradições indígenas.
A equipe Vozes do Purus estava em uma dessas voadeiras, dividindo espaço com materiais pedagógicos, equipamentos de audiovisual, muita esperança e alegria. Fomos muito bem recebidos, com relatos de como estava a alta a expectativa por nossa chegada.
A região alagada não impediu que as pessoas chegassem ao Vozes do Purus com as embarcações.
A equipe de prevenção de doenças endêmicas também estava presente para prestar serviço fundamental de saúde pública. Uma longa conversa sobre educação e continuidade dos projetos reuniu lideranças do movimento indígena, secretaria de educação, os professores Paumari, Apurinã e não indígenas. Depois do almoço, as atividades da formação de professores começaram!
Amanhã vamos para a aldeia Copaíba. Jornada que segue com o Vozes do Purus!
A ação Vozes do Purus está levando técnicas e equipamentos audiovisuais para o empoderamento indígena. e trazendo belas imagens.
Vozes do Purus
O Projeto Vozes do Purus abraça as manifestações e tradições culturais dos povos indígenas como parte da Caravana das Artes – movimento que acredita no poder mobilizador da arte, na possibilidade de aprender e construir juntos, na valorização da cultura, na promoção dos ideais democráticos e da paz. A Caravana das Artes é um projeto itinerante que percorre todos os anos 10 municípios com baixos índices de desenvolvimento humano (IDH) e infantil (IDI), promovendo atividades artísticas entre crianças e jovens, além de capacitação de professores da rede pública. Uma metodologia que transforma a realidade de crianças e jovens em espaço e conteúdo para o aprendizado e, principalmente, valoriza o papel do professor como ator social com grande influência na comunidade.
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