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Mais um dia pelo direito de ser indígena

A famosa canção ‘Todo Dia era Dia de Índio’, da cantora Baby do Brasil, que embalou os anos 70 na frente da grupo Novos Baianos, neste dia 19 de abril ganha mais sentido, pois para os povos tradicionais brasileiros a luta pelo seu reconhecimento na sociedade é diária.

Mas e você? Conhece a luta indígena pela legitimação da sua terra? Já ouviu falar sobre a situação dos indígenas no estado do Mato Grosso do Sul? Eles vivem em constante ameaça e extermínio pelo agronegócio. Teve curiosidade em saber como os indígenas ressignificaram o uso da internet e celular ao favor deles? #gallery-1 { margin: auto; } #gallery-1 .gallery-item { float: left; margin-top: 10px; text-align: center; width: 33%; } #gallery-1 img { border: 2px solid #cfcfcf; } #gallery-1 .gallery-caption { margin-left: 0; } /* see gallery_shortcode() in wp-includes/media.php */

Por meio desses questionamentos e tantos outros, o Instituto Mpumalanga, desde 2007, desenvolve ações educacionais com indígenas de todo o Brasil e acredita na valorização e legitimidade da cultura e dos saberes dos povos tradicionais para a construção de um país mais justo e com menos preconceito.

Nesta semana, os mais de 240 povos tradicionais brasileiros promovem ações e debates importantes e ganham espaços na pauta dos veículos de comunicação, ainda que muito timidamente.

Se as grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, são conhecidas como o coração do Brasil por pulsar riqueza e geração de emprego. A Amazônia, então, pode ser a alma do nosso país. E, é justamente em um pedacinho desse grande ecossistema, conhecemos a região do Médio Rio Purus, onde os esforços do trabalho do Instituto Mpumalanga já germinam.

A região do médio curso do rio Purus alcança seis municípios, com aproximadamente 60 mil indígenas, em 16 povos diferentes. O Médio Purus é historicamente um lugar da Amazônia pouco conhecido e contemplado tanto pelas políticas públicas, quanto pelas ações de revitalização ou valorização culturais que já estão em voga na Amazônia há mais de uma década. Os povos do Purus resistem há séculos a uma colonização particularmente forte e violenta. Eles sobreviveram a várias frentes colonizadoras, a mais importante sendo a da borracha, e agora se preparando a receber a frente agropecuária que chega velozmente pelo sul do Estado, via Rondônia. #gallery-2 { margin: auto; } #gallery-2 .gallery-item { float: left; margin-top: 10px; text-align: center; width: 33%; } #gallery-2 img { border: 2px solid #cfcfcf; } #gallery-2 .gallery-caption { margin-left: 0; } /* see gallery_shortcode() in wp-includes/media.php */

Semana dos Povos Indígenas do Médio Purus

Os último dias em Lábrea, município base para a maioria dos povos da região, esteve movimentado pelas atividades da Semana dos Povos Indígenas do Médio Purus. As lideranças produziram atividades artísticas e esportivas para crianças indígenas e não indígenas, integrando esporte da cultura ocidental, como futebol, e esportes tradicionais.

“Teve arco e flecha, corrida, natação e futebol de salão masculino e feminino para as crianças, jovens e professores. Hoje fizemos uma caminhada com o objetivo também de discutir questões importantes para nós como a demarcação de terra, manejo de recursos naturais, e estratégias de preservação da nossas línguas e modo de vida”, conta o cacique Zé Bajaga, representante da Funai da CR Médio Purus.

Para o Instituto Mpumalanga, hoje é dia para dar um basta pela falta de reconhecimento e de cuidado aos povos originários. Esperamos que seja mais um dia entre tantos outros de reflexão sobre a questão indígena e o reconhecimento digno de ser índio.

 

Vozes do Purus

O Projeto Vozes do Purus abraça as manifestações e tradições culturais dos povos indígenas como parte da Caravana das Artes –  movimento que acredita no poder mobilizador da arte, na possibilidade de aprender e construir juntos, na valorização da cultura, na promoção dos ideais democráticos e da paz. A Caravana das Artes é um projeto itinerante que percorre todos os anos 10 municípios com baixos índices de desenvolvimento humano (IDH) e infantil (IDI), promovendo atividades artísticas entre crianças e jovens, além de capacitação de professores da rede pública. Uma metodologia que transforma a realidade de crianças e jovens em espaço e conteúdo para o aprendizado e, principalmente, valoriza o papel do professor como ator social com grande influência na comunidade.

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