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Arte brasileira perde um grande nome: Antônio Carelli

Foi sepultado neste sábado (13/02), em Caraguatatuba-SP, o corpo do artista plástico Antônio Carelli, um dos mais importantes nomes da pintura, da arte musiva e da cerâmica no Brasil.




Criador do projeto Arte no Litoral, que movimentou diversos setores das artes por meio de cursos, exposições, debates e publicações, Antônio Carelli nasceu no dia 7 de julho de 1926, em Capivari, interior de São Paulo. Iniciou sua aprendizagem artística em 1945 com Yoshiya Takaoka e estudou modelos vivos na Associação Paulista de Belas Artes e no MASP.




Na década de 1950, Carelli viveu em Paris, onde fez cursos de desenho e pintura em duas das mais importantes escolas de artes da França, a Académie Julian e a Académie de la Grande Chaumière. Foi aluno do grande nome do cubismo, André Lhote, e realiza uma exposição individual no Museu Bourdelle, a casa-ateliê de Antoine Bourdelle, discípulo de Rodin. Em 1952, Antônio Carelli faz o curso de Mosaico de Ravena, na Escola de Arte Aplicada Italiana, sob direção de Gino Severino e orientação técnica do mosaicista Lino Melano, considerado um dos mestres do mosaico. Nessa época, Carelli é convidado para atuar com a equipe que fez uma série de murais em edifícios franceses, a partir de maquetes de Fernand Léger. No retorno ao Brasil, Carelli trabalha com o pintor, professor e figurinista Aldo Bonadei e faz pinturas de paisagens do litoral norte de São Paulo.


Painel coletivo produzido em 2007 pelo grupo do Núcleo Desenho Vivo. Na foto, da esquerda para a direita: Sandra Mendes, Isabel Galvanese e Antônio Carelli.




Entre 1967 e 1983, leciona desenho na Faculdade de Belas Artes da Fundação Armando Álvares Penteado-Faap e cria o Ateliê 74, onde ensina desenho, pintura e mosaico. Em 1986, muda-se para Caraguatatuba. Dentro do projeto Arte no Litoral, Carelli ajudou a criar o Núcleo Desenho Vivo, em 1999, e participou da formação de diversos artistas da região de São Paulo, Vale do Paraíba e Litoral. Ao lado de Mieko Ukeseki e de Sandra Mendes, foi também responsável pelo desenvolvimento da arte da cerâmica em Caraguatatuba e pela implantação da Rota da Cerâmica, em 2009.




Antônio Carelli, falecido na última sexta-feira, 12 de fevereiro, aos 95 anos de idade, é tema do livro infantil “O artista que teimava em ser muitos”, escrito por Arminda Jardim e ilustrado pela ceramista e ilustradora Isabel Galvanese, de São Sebastião-SP.

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