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Arte engaja comunidade na preparação da Caravana em Vitória de Santo Antão


Transformar é uma atitude recíproca. Produz uma nova forma no objeto que sofre a ação e no sujeito que a realiza. Entendemos esse sentido múltiplo da transformação em nosso primeiro dia em Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, onde acontece nessa semana a segunda etapa da Caravana do Esporte e da Caravana das Artes.

Enquanto as tendas eram erguidas, as quadras montadas e as cores multiplicadas no Estádio do Carneirão na formação da Arena Caravana, uma parte dos professores de artes do Instituto Mpumlanga se dirigiu para fábrica da Mondelez Internacional, multinacional de gêneros alimentícios. Nesse dia, a indústria foi transformada também em fábrica de brinquedos. E – por que não? – de sorrisos.

Era sim a manufatura da alegria. As mãos manipulavam os produtos expostos por nossos professores com certa timidez de início, mas logo ganhavam agilidade. O esboço de um sorriso acanhado transformado em expressões largas de riso. À medida que as mãos trabalhavam, a intimidade com tintas, lixas, fitas e papéis coloridos aumentava. Quando o objeto finalmente estava transformado pareciam velhos amigos, artista e obra.


Reciclar também é uma atividade que envolve arte. E muito coração!

Reciclar também é uma atividade que envolve arte. E muito coração!


As obras dessa ação vão cumprir destino nobre. Elas irão compor a Arena Caravana. Serão usadas nas práticas de artes e esportes educacionais. Curioso! Elas já realizarão uma ação transformadora aos operários da Mondelez antes mesmo de chegar às mãos das crianças.

Entre uma arte e outra, os participantes da oficina de brinquedos e instrumentos comentavam sobre a chegada da Caravana em Vitória de Santo Antão. Eles caprichavam na construção, pois acreditam no viés educacional que norteia os projetos e também porque os filhos de muitos funcionários da Mondelez passarão pela Arena.

A cultura popular foi um dos temas da oficina. A Caravana das Artes trouxe o ritmo do maracatu para dentro da fábrica, com a construção de elementos do maracatu rural, tão marcante do solo pernambucano. Embalagens, bobinas de papel, tambores de aço, tudo transformado em elementos da música característica do sertão.

Os brinquedos lembravam os pequenos e também a infância de cada um. Difícil não rememorar a escola em meio a cola, tintas, tesoura – sem ponta, como a professora ressaltava – fitas e aparatos cheios de cores e memórias.

O trabalho artístico proposto foi oferecido a todos os funcionários da fábrica de forma voluntária. Eles dedicavam cerca de 30 minutos na atividade durante o intervalo. Minutos que valeram muito.

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