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Consciência Negra, um dia para refletir a história e o agora


Para se pensar o Brasil de hoje é imprescindível uma avaliação histórica. | Foto: Celia Santos/Instituto Mpumalanga

Para se pensar o Brasil de hoje é imprescindível uma avaliação histórica. | Foto: Celia Santos/Instituto Mpumalanga


O dia da morte de Zumbi dos Palmares é o nascimento da Consciência Negra. A data estabelecida em lei desde 2003 trata de uma luta tão antiga quanto a própria formação da sociedade brasileira, ou melhor que se diga anterior ao Brasil.

Constituído com bases escravistas, nosso país jamais superou as raízes que colocaram o negro aquém dos demais. Refletir sobre a história, reconhecer a infindável luta pela igualdade e não esconder os erros do presente é o que quer mais um 20 de novembro.

Até hoje nos deparamos com números que gritam sobre o contraste do Brasil. A taxa de analfabetismo é duas vezes maior entre os negros, a renda da população declarada negra é 40% menor, os negros são minorias nos cargos de chefia e em presença nas universidades. No quesito populacional, no entanto, somos maioria de pretos e pardos.  [A partir de pesquisas do Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística].

São os contrastes de hoje que indicam que ainda temos um presente cheio de passado, uma vez que o caminho para a igualdade ainda parece longo e tortuoso.

A Caravana do Esporte e a Caravana das Artes, projetos que viajam o Brasil, já puderam constatar alguns desequilíbrios que marcam nossa população. À medida em que buscamos nossas raízes culturais e sua valorização já nos deparamos com depoimentos que expõem a realidade dos números. Mas depositamos nossa esperanças na arte e no esporte presentes na educação para amainar as desigualdades raciais do nosso país.

Mais um 20 de novembro chega para refletirmos sobre o assunto. Uma reflexão que deve ser diária, uma vez que é histórica.

Diretamente da Serra da Barriga, onde resistiu o Quilombo dos Palmares e seu maior líder:

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