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Foto do escritorInstituto Mpumalanga

Arissana Pataxó e Jaider Esbell, na revista online Arte dos Encontros




Julho|2021 - Artistas indígenas ocupam, cada vez mais, espaço na produção artística contemporânea, em diversas linguagens. A arte como ativismo, a presença da cosmologia indígena em diferentes espaços de exposições, a crítica decolonial e as reflexões sobre arte, ancestralidade, espiritualidade, história, política e ecologia estão colocadas no cenário ainda atual de injustiças, violência e discriminação contra os povos originais.

Para um diálogo sobre a arte que espelha ancestralidades e sobre a estratégia de fortalecer o protagonismo indígena nos circuitos interculturais, a revista online Arte dos Encontros reunirá Arissana Pataxó, do povo indígena Pataxó do sul do Bahia, e Jaider Esbell, do povo indígena makuxi, de Roraima, no próximo sábado (17). Com apresentação de Rita Lagrota, Arte dos Encontros tem transmissão gratuita e ao vivo pelos canais digitais do Instituto Mpumalanga, a partir das 17h.

Artistas visuais multimídia, Arissana e Jaider conseguiram colocar a cosmologia indígena e suas identidades em diferentes espaços de exposições artísticas. Ganhadores do Prêmio Pipa online, a mais importante premiação da arte contemporânea brasileira, eles reforçam a união indissociável entre arte e o cotidiano indígena.


Arissana Pataxó

Arissana é graduada em Artes Plásticas e Mestre em Estudos Étnicos e Africanos pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia e professora de artes no Colégio Estadual Indígena do território pataxó.

Nas obras de Arissana Pataxó a escolha da temática é proposital. A artista busca despertar nos não indígenas o interesse pela cultura dos povos originais.



Acredita que suas obras são como janelas para que as pessoas possam chegar e olhar e queiram saber mais sobre a riqueza cultural e o forte elo das populações indígenas com a natureza. Utiliza diversas técnicas artísticas, da pintura à fotografia, e sua poética trata de diferentes povos e sua relação com o mundo contemporâneo.



A artista divide seu dia a dia em Santa Cruz de Cabrália com a escola dentro do território pataxó. No espaço da sala de aula, a professora Arissana dedica-se a fortalecer a cultura ancestral, transmitindo aos seus alunos os conhecimentos específicos do povo Pataxó e de arte em geral. Realiza dentro e fora das aldeias atividades de arte-educação com diferentes oficinas culturais e produz material didático para diferentes povos indígenas. Já realizou 11 exposições coletivas, dentro e fora do Brasil. Em 2013, participou da exposição internacional “Mira! - Artes Visuais Contemporâneas dos Povos Indígenas”, na Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. Em 2017, levou sua arte para uma exposição na Noruega. Entre as mostras individuais, destacam-se: “Sob o olhar Pataxó”, entre 2009 e 2010 , no Museu Eugênio Teixeira Leal, em Salvador, e no Museu de Arqueologia e Etnologia da Bahia, e "Resistência", em 2018, que fez parte da programação do FÓRUM SOCIAL MUNDIAL, em Salvador , e teve as telas de Arissana expostas no Hall de entrada do Pavilhão Glauber Rocha, onde aconteceram os debates sobre a situação dos povos indígenas. Em 2019, a Exposição “Resistência “ circulou na Casa Brasileira, em São Sebastião, Litoral Norte de São Paulo.



Arissana Pataxó é artista convidada para o projeto Moquém_Surarî, exposição de arte indígena contemporânea prevista para entrar em cartaz no Museu de Arte Moderna de São Paulo, no segundo semestre de 2021, com curadoria do artista indígena Jaider Esbell.

Jaider Esbell

Jaider Esbell é artista visual, escritor e curador independente. A cosmovisão de seu povo, as narrativas míticas e a vida cotidiana nas Amazônias compõem a poética de seu trabalho, em desenhos, pinturas, vídeos, performances e textos. Aponta reflexões sobre o artista indígena entre dois mundos e coloca a arte indígena como prática decolonial que denuncia a opressão não superada e reivindica a pluralidade de vozes.


O artista nasceu no município de Normandia, onde fica hoje a Terra Indígena Raposa Serra do Sol,do povo Makuxi, em Roraima. Vive hoje em Boa Vista e tem sua própria galeria de arte. É graduado em Geografia pela Universidade Federal de Roraima, autor de diversos livros, entre eles “Terreiro de Makunaima”, ganhador do Prêmio Selo Funarte de Literatura de 2010.





Casa Brasileira - São Sebastião-SP.

Desde 2010, circula suas obras por diversas exposições no Brasil e no exterior e foi o vencedor do Prêmio Pipa online de 2016.

(tela Pata Ewa'n - 2016)

Em 2013, realizou a exposição “Vacas da Amazônia - de Malditas a Desejadas, no Pitzer College, na Califórnia, onde foi convidado a dar aulas.


De volta ao Brasil, lançou os projetos “A Árvore de Todos os Saberes”, numa expedição à comunidade indígena do Povo Xirixana, no território Yanomami, e “Encontro de Todos os Povos – A Reinvenção do Tempo na Perspectiva dos Netos de Makunaima”.

Em 2019 realizou a exposição O Xamã devolve a Vida, na Casa Brasileira, em São Sebastião, onde falou sobre seu trabalho para jovens estudantes.




Em 2020 participou de “Véxoa: nós sabemos”, mostra coletiva de arte indígena na Pinacoteca do Estado de São Paulo. No início de 2021, foi curador de sua própria exposição individual “ Apresentação : Ruku”, na Galeria Millan em São Paulo.

Jaider Esbell é curador do projeto Moquém_Surarî, exposição de arte indígena contemporânea prevista para entrar em cartaz no Museu de Arte Moderna de São Paulo no segundo semestre deste ano e está entre os artistas convidados da 34ª Bienal de São Paulo, que acontecerá em 2021.




Serviço:

Dia 17/07/2021

Horário: 17h

Arte dos Encontros, revista online do Instituto Mpumalanga, ao vivo, transmissão gratuita pelo youtube e facebook do Instituto Mpumalanga :



Texto: Angela Santos



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